Depois de seis jogos no Brasileirão, o Bahia pode comemorar o bom início no principal campeonato do país. Com 13 pontos em 18 disputados, o time é o atual vice-líder da Série A, empatado com o Athletico-PR, que ocupa a primeira colocação. Internamente, o clube baiano entende que a boa fase é fruto da força do elenco e do trabalho de prevenção iniciado desde a pré-temporada.
No triunfo por 1×0 sobre o Red Bull Bragantino, Rogério Ceni repetiu a escalação tricolor pela quarta partida consecutiva, algo inédito desde que o treinador chegou ao clube e que não acontecia há quatro anos. A última vez que o Esquadrão disputou quatro jogos seguidos com a mesma equipe havia sido em 2020.
Sob o comando de Roger Machado, o Bahia venceu o Nacional-PR (duas vezes) pela Copa Sul-Americana, o CSA, e ficou no empate com o Ceará, ambos pelo Brasileirão. Os dados são do perfil EC Bahia Números.
A manutenção da equipe é possível graças aos poucos casos de lesões registrados. Atualmente, o departamento médico está praticamente vazio, e apenas o lateral esquerdo Ryan, que machucou o tornozelo em fevereiro, e o volante Acevedo, que rompeu o ligamento do joelho no ano passado, estão em recuperação.
De acordo com Ceni, a opção pelo rodízio promovido nos primeiros meses do ano se mostra acertada agora. O treinador rodou o elenco durante a Copa do Nordeste e o Campeonato Baiano, dosando os minutos dos principais atletas e dando oportunidade para quase todos os jogadores do grupo.
“Pelo fato do espaçamento entre um jogo e outro, é possível dar descanso, fazer bom treinamento. Não tivemos suspensões. Graças a Deus, não tivemos lesão. E é um time que encaixou. E estão sempre sendo usados 15 jogadores. Destacar [contra o Red Bull] a entrada do Ademir. Mas todo mundo está entrando bem conectado com o sistema de jogo. É um time bem conectado com a maneira que a gente treina. É um time mais ajustado”, disse o técnico.
Entre os atletas que aproveitaram os minutos dados por Rogério Ceni durante o estadual, o destaque fica para a dupla de zaga. Cria da base, Gabriel Xavier vinha chamando atenção desde o ano passado e fez bons jogos quando foi acionado. Pedido constante de parte da torcida, ele ganhou a titularidade a partir da segunda rodada, contra o Fluminense, e não saiu mais do time. Contra o Red Bull, Gabriel voltou a ter boa exibição e recebeu elogios de Ceni.
“Não é que atendeu o pedido da torcida. Mas acho que o Gabriel jogou muito bem, principalmente pelo jogo aéreo. Sofreu um pouco na construção, mas fez um grande jogo. Vem mostrando muita força de vontade, desejo. É merecido o espaço que ele está tendo. O que não impede os outros de terem oportunidade de jogar. Marcos Victor tem treinado mais, o David [Duarte] tem um tempo que não joga. Mas na próxima semana, que vamos ter domingo, quinta e domingo de jogo, vamos precisar de mais que esses 15 que têm jogado”, explicou.
Já Kanu, que havia perdido a vaga justamente para Gabriel Xavier, aproveitou a brecha deixada por Victor Cuesta, que passou por cirurgia no nariz, e também se consolidou na equipe. Ele embalou o quarto jogo seguido no Brasileirão, enquanto o argentino tem ficado como opção no banco de reservas.
Investimentos
O uso da ciência para evitar lesões entre os atletas não é uma novidade no Bahia. Desde que passou a ser gerido pelo Grupo City, no ano passado, o clube baiano fez investimentos estruturais e de profissionais em áreas como o departamento médico, fisioterapia e preparação física.
O Esquadrão também criou a Diretoria de Performance e Saúde, que atualmente é chefiada por Natalia Bittencourt, e tem adotado os mesmos protocolos que são utilizados pelo Manchester City e outros clubes do conglomerado.
Para manter a boa fase, o Bahia mira o próximo desafio no Brasileirão. Domingo, o time encara o Atlético-MG, às 16h, na MRV Arena, em Belo Horizonte, pela 7ª rodada.
[*] – Fonte: https://www.correio24horas.com.br/