Item indispensável nas peças de roupa, as etiquetas por muitas vezes geram incômodos e dúvidas, especialmente sobre qual seria a sua verdadeira importância, e como fazer a leitura correta dos símbolos que a acompanham.
À CNN, Karine Liotino, CEO e co-fundadora da Etiqueta Certa – plataforma de conformidade regulatória de etiquetas para produtos têxteis -. explica que as etiquetas funcionam como uma espécie de CPF, ou seja, número de identificação pessoal.
“É como o manual de uso da peça. Ali também estarão disponíveis as informações sobre a matéria-prima do produto e quanto mais o consumidor seguir as indicações recomendadas, maior será a durabilidade”, conta.
Além disso, ao pensar em produtos mais duráveis, a tendência de compra diminui e, segundo a profissional, faz relação direta ao conceito de consumo consciente e sustentabilidade.
Ainda que cada país siga a sua própria regra de etiquetagem, no Brasil, seis informações são obrigatórias: identificação (nome da marca ou empresa responsável), identificação fiscal (CNPJ) da empresa, origem de fabricação, tamanho e composição da peça e cuidados necessários para conservação e limpeza – seja em símbolos ou texto.
“Por aqui, seguimos a regulamentação do Inmetro, que está sempre passando por revisões por melhorias que visem potencializar a qualidade da informação ao consumidor”, acrescenta Karine.
Aliás, se uma empresa ou marca de moda comercializar, ou importar um produto que não siga a regulamentação, ela pode ser autuada e multada. “A multa, dependendo da gravidade e do impacto que se tem no mercado, pode variar de R$ 100 a $ 1,5 milhão”, pontua.
Para além de danificar o produto, seja no momento da lavagem ou da secagem, não entender a simbologia pode acarretar outros problemas.
“Se o produto foi estragado porque o consumidor não seguiu o que a etiqueta dizia, ele não pode reclamar com a marca. Por trás dos símbolos, há uma série de ensaios de laboratório para testar, entender e informar que aquele tecido pode ser lavado e secado de forma específica”, afirma Karine.
“A marca é responsável por dar essa orientação, e o consumidor, por sua vez, tem que seguir o que a etiqueta diz para não perder os direitos que ele tem em relação ao produto”, adiciona.
Também à CNN, Beatriz Lobato, gerente de Produto e Qualidade da marca BYNV, reforça que as etiquetas entram em cena não apenas como uma regra ou norma, mas como um agregador de qualidade, de informação e percepção de valor.
“A etiqueta bem feita funciona como um compilado de todas as instruções das peças. Já para a marca em si, o benefício de usá-las está relacionado ao nível de satisfação dos clientes e a garantia de seguir a norma exigida”.
“Quando compramos uma roupa, não compramos apenas um produto. Levamos para casa algo que vai trazer confiabilidade e presença em diversos momentos. Queremos então que isso seja duradouro”.
Saiba o que é moda sustentável
[*] – Fonte: https://www.cnnbrasil.com.br/
