Seis casos de botulismo, uma doença grave causada pela ingestão de alimentos contaminados, foram confirmados na Bahia só neste ano, segundo a Secretaria de Saúde do estado. Dessas, duas pessoas morreram, três estão internadas e uma teve alta médica.
O botulismo é uma doença rara e não contagiosa de uma pessoa para outra. Ela é causada pela ação de uma toxina produzida pela bactéria Clostridium botulinum (C. botulinum), que pode ser encontrada em alimentos contaminados que não têm produção e/ou conservação adequada e pode levar ao envenenamento grave em questão de horas.
De acordo com o Ministério da Saúde, os principais alimentos com maior risco de contaminação pela bactéria são:
Além disso, no caso de bebês entre 3 e 26 semanas, o consumo de mel de abelha também pode trazer riscos de infecção por botulismo. De acordo com a pasta, o alimento deve ser evitado por crianças de até 2 anos, pois há risco de conter esporos da bactéria do botulismo.
A principal forma de transmissão do botulismo é a contaminação alimentar. Nela, ocorre a ingestão de toxinas presentes em alimentos contaminados. Porém, existem outras formas de transmissão, como:
Os sintomas mais comuns do botulismo incluem:
Os sintomas podem variar de acordo com o tipo de botulismo (alimentar, intestinal ou por ferimentos), podendo apresentar sintomas comuns entre eles ou específicos. Por exemplo, no botulismo por ferimentos, é comum haver febre, mas não são comuns sintomas gastrointestinais (mais frequentes no tipo alimentar e intestinal). Em alguns casos, os sintomas podem ser leves, dificultando o diagnóstico.
A identificação do botulismo é feita através do exame físico pelo médico e pela análise dos sintomas. Durante a consulta, o profissional poderá pedir exames neurológicos, de imagem e laboratoriais para confirmar o diagnóstico.
O tratamento da doença é baseado em medidas de suporte — como uso de medicamentos para aliviar os sintomas e monitorização cardiorrespiratória — e medidas específicas, como uso de soro antibotulínico e de antibióticos para eliminar a toxina circulante no organismo. O soro é fornecido exclusivamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) mediante a notificação do caso suspeito em ficha específica.
Mais de 3 mil toxinas da fabricação de alimentos contaminam o corpo
[*] – Fonte: https://www.cnnbrasil.com.br/