A maior tempestade solar dos últimos anos provocou um resultado surpreendente em alguns países, na noite de sexta-feira (10). No hemisfério norte, foram vistas auroras boreais em locais onde elas não costumam acontecer. Já no hemisfério sul do planeta, as ocorrências foram de raras auroras austrais no Chile e na Argentina.
Desde 2005, a Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOOA), órgão ligado ao Departamento de Comércio dos Estados Unidos, não emitia um alerta para uma tempestade eletromagnética dessa magnitude.
Na Argentina, o fenômeno foi visto no Ushuaia, que fica no sul do país. Já no Chile, a aurora pôde ser observada em Los Lagos e na Patagônia. Enquanto isso, na Europa, moradores de países como Irlanda, Portugal, Reino Unido e Suíça também relataram ter visto a aurora boreal. Nos Estados Unidos, alguns dos pontos onde foi possível avistar as auroras foram o Alabama e o norte da California.
Mas o que explicaria o fenômeno? Segundo a NOOA, pelo menos sete ejeções de massa coronal do Sol foram detectadas.
O impacto dessas erupções começou a ser sentido na sexta-feira, mas deve seguir até domingo (12). “Esse é um evento incomum e potencialmente histórico”, disse o diretor do Space Weather Prediction Center (laboratório do serviço de meteorologia do órgão), Clinton Wallace.
Ainda de acordo com o NOOA, as ejeções de massa coronal (CME, na sigla em inglês) são explosões de plasma e campos magnéticos da coroa solar. Como resultado, elas podem provocar tempestades geomagnéticas e afetar sistemas de telecomunicações e energia elétrica.
Confira imagens das auroras boreal e austral registradas na última sexta-feira
[*] – Fonte: https://www.correio24horas.com.br/