O Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos de Paris-2024 apresentou aos jornalistas nesta quinta-feira o complexo planejamento para realizar a ambiciosa cerimônia de abertura ao longo do rio Sena, na capital francesa. A apresentação acontece apenas três dias depois de o presidente da França, Emmanuel Macron, indicar que poderia mudar os planos em caso de risco de terrorismo.
Ao longo de duas horas, dirigentes do Comitê detalharam como as 205 delegações de atletas vão percorrer seis quilômetros do rio Sena, em 80 barcos, da Pont d’Austerlitz até a Pont d’Iéna. A previsão é de que a cerimônia de abertura da Olimpíada tenha duração de quatro horas, das 3h45 às 23h15, pelo horário local.
“Por uma noite, o Sena vai se transformar em uma gigante cerimônia ao ar livre”, declarou a diretora de cerimônias dos Jogos de Paris, Marie-Catherine Ettori. A expectativa é de que 10,5 mil atletas percorram o rio ao longo de 320 mil torcedores, colocados em arquibancadas instaladas na margem do Sena.
O trajeto pelo rio será encerrado no Trocadéro, área localizada logo atrás da Torre Eiffel, mas na margem oposta. Os atletas vão desembarcar dos barcos nesta altura do rio para a parte final da cerimônia, quando haverá apresentações artísticas, discursos e a presença de autoridades. A abertura está agendada para o dia 26 de julho.
O Comitê Organizador dos Jogos destacou também a questão de segurança, alvo da maior preocupação tanto da entidade quanto de Macron. Pela extensão do trajeto, de 6km, a organização terá que contar com um policiamento muito acima do normal para um evento do tipo, que geralmente é realizado dentro de estádios.
O temor é de que o ambicioso tamanho da cerimônia de abertura possa abrir brechas para ataques terroristas. Por isso, Macron comentou no início da semana que o governo trabalha com diferentes cenários e não descartou mudar o formato da abertura. “Temos plano B e plano C. Para dizer a verdade, temos a opção de realizar uma cerimônia que seria limitada ao Trocadéro, mas que também poderia ser transferida para o Stade de France”, declarou
Sem contestar o que Macron disse, a ministra do Esporte da França, Amélie Oudéa-Castéra, e outros dirigentes permaneceram otimistas sobre a realização da cerimônia conforme foi apresentado nesta quinta.
“Estamos trabalhando intensamente no plano A, que continua sendo o cenário central e o cenário muito, muito dominante”, disse Oudéa-Castéra no evento “100 Dias para a Olimpíada”, na quarta-feira. “Continuamos trabalhando naquela cerimônia fantástica no rio Sena.”
[*] – Fonte: https://www.correio24horas.com.br/